Memorial Anita Garibaldi

Ana Maria de Jesus Ribeiro, que mais tarde se tornaria Anita, nasceu no ano de 1821 em Morrinhos, então município de Laguna, hoje Tubarão. Em 1835, casou-se com o sapateiro Manoel Duarte Aguiar, forçada por sua mãe. O casamento foi um fracasso pois Ana não gostava de Manoel. Não tiveram filhos. Aos 18 anos Ana conheceu o revolucionário Giuseppe Garibaldi, que lutava na Revolução Farroupilha. Desde o seu encontro, Garibaldi passou a chamá-la pelo diminutivo de Anita. Em seus registros Giuseppe avistou Anita do mar, e resolveu desembarcar para procurá-la. Apaixonaram-se ao primeiro encontro, e Anita o seguiu em sua luta na Revolução, tendo guerrilhado bravamente ao lado de Giuseppe por Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai até irem defender a unificação da Itália.

O Governo italiano reconhece até hoje a bravura de Anita Garibaldi na guerra pela unificação italiana, dando a ela o título de “Heroína de dois Mundos”. Na Itália, durante a fuga em uma guerra, Anita veio a falecer grávida do 5º filho de Garibaldi. Considerada, no Brasil e na Itália, um exemplo de dedicação e coragem, em abril de 2012 foi sancionada a Lei 12.615 que determinou que seu nome fosse inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília. Por sua representação heroica e como marco histórico o governo italiano, em 1932, homenageou a memória de Anita Garibaldi, construindo um monumento na comunidade de Morrinhos, onde nasceu. A base do monumento é um obelisco em pedra, com duas placas em bronze fixadas, uma na base e outra no centro da estrutura. A maior delas traz uma inscrição em latim, projetada pelo arquiteto italiano Taurin.

Posteriormente, outros monumentos foram construídos, tornando o local um conjunto monumental de diferentes épocas e estilos, mas sempre com o objetivo de homenagear Anita Garibaldi. Fazem parte do conjunto: “Canhão de Armada”, com base de concreto sobre o qual foi apoiado, o canhão é de um dos navios em que a heroína lutou. Localizado à direita, um pouco atrás do Obelisco está o Painel em concreto feito em alto relevo, obra do artista plástico Willy Zumblick, que representa o episódio em que Giuseppe e Anita se encontram na Fonte da Carioca em Laguna. Esse, aliás, é um dos episódios narrados de forma romantizada e poética e faz parte do imaginário cultural. Embora não tenha sido feita por Zumblick, há ainda um poço de tijolos construído também como lugar marco desse encontro. Na lateral oposta, à esquerda, foi criado outro painel em concreto emoldurado por uma estrutura de tijolos aparentes. A imagem em alto relevo apresenta Anita ao centro, em pose heroica, ladeada por combatentes revolucionários. O conjunto está apoiado em duas espadas cruzadas e sobre a estrutura está um pequeno canhão moldado em concreto. A obra é atribuída a Dorival Mateus de Oliveira.

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